Modamática
Matemática e Geometria
aplicados ao Design de Moda
Neste capítulo será apresentado o conteúdo denominado "modamática", preparado para apresentação no site (site-livro com cinco capítulos), o que resulta em uma linguagem mais orientada para material didático do que para fundamentação teórica. A atenção para a forma de linguagem mais usual, acessível pensando na diversidade do perfil de estudantes atendidos no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Estado de Santa Catarina - IFSC, campus Jaraguá do Sul. As informações e fundamentos que não integrarão o site serão exploradas em notas de rodapé (discutidos no memorial descritivo); da mesma maneira, há indicações que poderão ser utilizadas como hipertexto (no site), para facilitar a navegação entre os capítulos ou outras plataformas da rede digital.
A matemática está presente em praticamente, qualquer área do conhecimento humano e científico, segundo BASSANEZI (2010), dotada por uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo no percurso escolar (em qualquer fase), instiga as habilidades em criar, resolver problemas (reais) e modelar.
No corpo humano, composto por dimensões, proporções, formas, cores, volumes, na vida, na arte, na música, na linguagem visual. A matemática somada aos conhecimentos da geometria , compõe vasto campo de possibilidades para as projeções do design, consequentemente para os fundamentos do projeto de pesquisa em 'criar', desenhar e modelar nos processos de design de moda'. Uma ponte multicolorida que transporta o mundo das ideias para o mundo palpável, real.
A matemática é essencial para o desenvolvimento de produtos de design de moda e vestuário, em sistemas, softwares e tecnologias de informação para viabilizar a comunicação no mundo digital. Desde 2006, com acesso e uso de softwares de desenho, modelagem e encaixe, todos desenvolvidos pela empresa Audaces (tecnologia presente em empresas de pequeno e médio porte desta região e instituições de ensino), tem sido mais perceptível a importância dos conceitos matemáticos como o plano de coordenadas cartesianas na construção desses softwares. Com as atividades de ensino nas disciplinas de modelagem baseadas em ferramentas digitais, foram iniciadas as conexões e a construção de uma "linguagem cartesiana" e os métodos de desenho e modelagem autorais, abordados neste material, que oportunizam a interdisciplinaridade entre várias disciplinas e conhecimentos essenciais para a formação de qualidade dos estudantes de moda e vestuário.
A 'Modamática' está pautada em uma abordagem mais humana, menos tecnicista ao ensino e à aprendizagem significativa , que visa promover as conexões do referencial teórico e prático da matemática e da geometria já vistos pelos estudantes (no ensino fundamental e médio), e integrá-los aos processos criativos de design moda. O termo foi criado em 2008 pela profissional de design de moda e professora Mara Rubia Theis, em parceria com o consultor e professor de matemática Elson Quil Cardozo, a modamática propõe uma revisão e o despertamento dos saberes que os estudantes já trazem consigo para que se disponham a promover a integração com novos conhecimentos e com os métodos autorais propostos para desenhar e modelar apresentados nesta pesquisa.
A interação com o fazer manual e o digital (cada vez mais necessárias) nas disciplinas de desenho e de modelagem, fortalece a interdisciplinaridade com uso de práticas pedagógicas aplicáveis para a jornada educacional e para a vida profissional dos estudantes. Exercitar o olhar e "aprender a ver" o mundo que te cerca, o corpo humano - contornos, volumes, dimensões e proporções, envolve a percepção visual - noções de perspectiva e o ponto de vista de onde o observador está. Aprender e sentir o corpo humano com o toque e o movimento das mãos é próprio da moulage.
A moulage, técnica de modelar um retângulo de tecido (2D), esculpindo manualmente com técnicas que lembram a "dobradura" de triângulos - as pences , que eliminam excessos de tecidos, dando formas para o corpo, como uma segunda pele tridimensional. "Construir e desconstruir, reconstruir", um processo repleto de desafios e descobertas.
A matemática também está presente nos instrumentos de medição, na anatomia, nos tecidos, nos desenhos dos croquis, nos diagramas e moldes constituídos de linhas e formas geométricas, com referência na figura do quadrado. Na construção de suas vértices é possível identificar o plano de coordenadas cartesianas, formado pelos eixos Y e X, estrutura que permite mapear, logicamente, todas as informações necessárias para os métodos de desenhar e modelar, analógicos e digitais.
Os métodos de 'Modelagem Cartesiana Plana e Moulage Cartesiana', têm sua estrutura inicial pautada no quarto quadrante do plano cartesiano, figura 01; o método para desenvolver o desenho de moda 'Cânones Estruturais para o Desenho de Moda', são utilizados o primeiro e o segundo quadrantes do plano cartesiano para compor a grade estrutural.
O perfil dos estudantes atendidos no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC, campus Jaraguá do Sul compreende: Ensino Médio Integrado ao Técnico de Modelagem; Subsequentes: Técnico em Produção e Design de Moda e Técnico em Vestuário; Educação de Jovens e Adultos - PROEJA; cursos de curta duração em Formação Inicial e Continuada - FIC; Superior em Tecnologia de Design de Moda (previsto para 2019).
Matemática é a ciência do cálculo. Matemáticas aplicadas ou mistas são as que têm um fim prático, Priberam (WEB).
uma ciência que estuda as propriedades e relações que englobam figuras abstratas, como números e figuras geométricas, propondo a precisão e raciocínio lógico.
Geometria é derivada das palavras gregas geo que significa "terra", e metria "medida", segundo Paiva (2010, p 318) "a ciência das formas e medidas surgiu aproximadamente, 5.000 anos, pela cultura egípcia". Outro marco destacado pelo autor, ocorreu no ano III a.C, com o matemático grego Euclides de Alexandria, imortalizou os conhecimentos da geometria na obra "Os elementos", por isso a nomenclatura "geometria euclidiana".
O princípio da Geometria indica que os elementos são formados a partir de pontos, linhas, superfície, área, volume e localização no espaço, Giovanni (2010).
Criar, palavra derivado do latim creo, -are, ou seja, dar a existência, gerar, produzir, dicionário on-line Priberam (WEB).
No campo do design de moda, Simon Seivewright, aborda no capítulo quatro, as várias etapas envolvidas no processo criativo de design de moda para transformar ideias iniciais em produtos. Em suas palavras: "Criar envolve misturar elementos conhecidos de maneiras novas e estimulantes com o objetivo de propor produtos originais. Também envolve explorar ao máximo todo o potencial da pesquisa e ser capaz de traduzi-la", Seivewright (2015, p 110).
Audaces: empresa catarinense especialista em inovação tecnológica para moda, desenvolvendo sistemas inteligentes a equipamentos para automação dos processos de confecção do vestuário, com produtos como o Audaces Idea, Moldes e Encaixe, Digiflash utilizados pela autora, disponível em: http://www.audaces.com/
Com a expressão "linguagem cartesiana", a autora refere-se a linguagem adotada entre as professoras de modelagem e desenho de moda, pautada no método de modelagem autoral que é por elas aplicado nos estudos de ergonomia e moda, modelagem plana analógica e digital, também associadas ao desenho de moda. O principal objetivo é facilitar a compreensão dos estudantes, para as conexões entre os conhecimentos das disciplinas (interdisciplinaridade) e construir uma aprendizagem significativa.
Aprendizagem significativa segundo a teoria (apresentada em 1963, reiterada em 2000) de David Ausubel, a essência do processo de aprendizagem significativa está em relacionada a organização e integração dos novos materiais ou conhecimentos, expressos em ideias, sejam relacionadas de maneira não-arbritária e substantiva ao que o estudante já sabe, a algum aspecto relevante da sua estrutura de conhecimento. "Aquisição de novos significados; pressupõe a existência de conceitos e proposições relevantes na estrutura cognitiva, uma predisposição para aprender e uma tarefa de aprendizagem potencialmente significativa." (MOREIRA, 2006, p 105).
Tecido: produto resultante da tecelagem de um conjunto de fios entrelaçados por trama e urdume formando ângulos de (ou aproximados a) noventa graus, seguindo uma determinada ordem pré definida. (ABIT, Web)
Pence: pequena prega em formato de triângulos ou losangos feitas nos moldes de artigos do vestuário, usualmente, nos tecidos são unidas por pontos de costura.
O sistema de coordenadas cartesianas ou plano cartesiano, é um esquema formado por duas linhas retas, uma vertical (eixo Y) e a outra horizontal (eixo X). O encontro destas linhas forma o ponto de origem (ou ponto zero), é utilizado para localização de pontos em determinado plano ou espaço.
Para o cânone grego ou o cânone de moda (que também serão abordados neste capítulo) (ver capítulo Desenhar), o corpo por trás da primeira pele (a epiderme) também pode ter a composição inicial em formas geométricas simples, como o quadrado. Esses princípios são aplicáveis para o desenho do corpo estático ou em movimento, aprimorado na humanização deste esboço com técnicas de ilustração realistas e da estilização autoral de cada estudante.
Desenvolver representações gráficas nos processos criativos de design de moda e vestuário, conduz o olhar para o corpo humano, principal objeto de estudos nesta área do conhecimento. Por isso, este estudo considera também 'a diversidade brasileira de biótipos', estimulando o potencial criativo humano para para inovar, partindo do 'óbvio que precisa ser dito e compreendido' ao aprender a 'olhar e ver o todo para identificar a composição de suas partes!'
Modamática é um, dos cinco capítulos do material didático interativo que vem sendo desenvolvido e aprimorado nas pesquisas conduzidas ao longo do mestrado. Este estudo visa simplificar o conteúdo e mediar a aprendizagem significativa dos estudantes de moda e vestuário, conectando conhecimentos das áreas de desenho e modelagem para estimular a autonomia e a criatividade. Visa o alcance a todos, desenvolvido com diretrizes do Design Universal, com tradução em libras e planeja descrição de imagens acessível ao leitor para cegos. O material está sendo disponibilizado ao público no site: www.criardesenharmodelar.com.br.
A moda está relacionada com o modo de vestir, falar, comportar e viver que (pode ter mudanças em curto espaço de tempo), o modo de vestir, que se repete em muitos lugares em determinada época, torna-se de uso frequente e popular. O termo 'moda' no campo de estudos matemáticos da estatística descritiva, está relacionado ao valor que mais aparece num conjunto de dados. Em uma determinada pesquisa, um conceito matemático relacionado as análises que apontam as tendências de comportamento de variáveis é usado para criar gráficos a partir destes conceitos centrais.
A matemática é alicerce para a maioria das áreas de conhecimento e dotada de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivo e criativo. Desenvolver nos estudantes seu potencial para pensar, ler e interpretar o domínio matemático e fazer emergir as habilidades em criar, modelar e resolver problemas matematicamente, contribuirá com a capacidade crítica e interdependente (BASSANEZI, 2010).
Epistemologicamente, a palavra matemática é de origem grega mathema (que significa explicar, conhecer, entender) e da palavra tica, também do grego techne, (significando técnica ou arte); remetendo à um exemplo do campo das artes, Leonardo da Vinci, que exercitou a arte de conhecer e aprender a partir da observação e registros de linguagem visual, considerava a natureza como modelo de inspiração.
A moda 'veste' a matemática no cotidiano, desde a linguagem visual até a linguagem oral e escrita com termos do campo da matemática, tão usuais que nem percebe-se mais. No vestir, a intuição leva a escolher o modelo mais adequado para cada atividade e situação. A matemática traz a lógica, permite a composição do pensamento visual, do mundo das ideias, explica elementos básicos da composição do mundo real, palpável com linhas, formas, volumes e proporções. Ela 'veste e reveste' o universo de nossas vidas, propondo a todo momento equações que precisam ser resolvidas para ultrapassar obstáculos. O simples ato de ir de um lugar ao outro, exige a escolha e um planejamento matemático para atingir o ponto de chegada.
Embora o termo modamática tenha fragilidades etimológicas a junção das palavras 'moda' e 'mática', propõe um sentido de aplicabilidade de ambos os campos de conhecimento (moda e matemática) e apresenta técnicas personalizáveis para a projeção em design de moda de maneira simples, lúdica e objetiva contribuindo para a redução da resistência para a abordagem dos conceitos matemáticos que são fundamento para criar, desenhar e modelar na área de moda.
É comum, haver dúvidas relacionadas aos fundamentos matemáticos, desde a efetuação de cálculos básicos até a utilização de instrumentos de medição, como réguas. Saber desenhar e modelar é inerente para os profissionais da moda, e esses processos requerem do estudante conhecimentos básicos de matemática, como por exemplo, compor uma representação gráfica em forma de croqui ou desenho de moda (ver capítulo Desenhar), molde ou diagrama, necessita que o estudante consiga compreender o corpo tridimensional e consiga transportar para o plano bidimensional para o papel, tecido ou computador. É perceptível que há entre os estudantes (vivências in loco nas salas de aula), uma ideia em relação à matemática, como um campo do conhecimento 'difícil e sem conexões significativas e aplicáveis a situações da vida real'. O mesmo ocorre com o campo de estudos da arte, as habilidades de desenho, técnicas de pintura, ilustrações e sua aplicabilidade para a vida profissional.
As representações gráficas (ver capítulo Desenhar) desenvolvidas no campo do design de moda, sejam elas analógicas ou digitais, são compostas também por conceitos matemáticos como proporção, porcentagem, regra de três, plano de coordenadas cartesianas; operações matemáticas (somar, diminuir, dividir e multiplicar) e elementos da geometria (pontos, retas, curvas, planos, figuras bidimensionais e sólidos tridimensionais). Estes assuntos serão tratados neste capítulo pois são o fundamento para os demais capítulos, tais como: os métodos de desenhar (cânone estrutural de desenho de moda), métodos de modelar (modelagem cartesiana para os artigos do vestuário) e moulage cartesiana (corpo e moda), contribuindo para o raciocínio lógico, visão espacial, para o estímulo do potencial criativo humano (criatividade). Ao revisar conceitos relacionados as áreas de moda e de matemática, percebe-se que há muito em comum entre essas áreas.
Padrões de pensamento e de comportamento revelam muito sobre a maneira como pensamos e projetamos, a partir de imagens no cérebro que busca identificar e completar padrões. As informações visuais são coletadas com o olhar, o cérebro faz uma triagem do que é importante, faz conexões lógicas e busca pistas a partir de outras ideias, sugestões e sinais das pessoas que estejam próximas para complementar e conhecimento.
Este capítulo propõe repensar a construção da comunicação e expressão visual pautada na matemática, em especial na geometria, considerando o a importância do 'fazer' manual (corporal) e o 'fazer' digital para aplicação nos processos de ensino e da aprendizagem no campo da moda e vestuário, para que sejam significativos.
1.1 Origem do termo modamática
Figura 1 - Sistema de coordenadas cartesianas aplicado ao método de desenho e modelagem
Fonte: Primária (2017)
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Cânone grego ou cânone clássico ideal, é a figura derivada do cânone grego-romano, que utiliza a cabeça como unidade de medida, Drudi e Pacci(1996) e Bryant (2012), Fernandez e Roig(2007). A representação do corpo humano adulto, é constituída por oito módulos de altura e dois de largura (para explicar o corpo dos gêneros masculino e feminino), de maneira proporcional; permite comparar a relação entre os diferentes membros e suas divisões; contribui para a compreensão da anatomia e facilita a representação da figura e demarcar os principais pontos para as larguras, Fernandez e Roig (2007, p 34).
Sketchbook são cadernos com folhas de papel em diversos tamanhos, gramaturas, cores e encadernações (industrializadas ou artesanais; há possibilidades de utilizar um suporte já existente 'reuso' de um livro ou apostila que possa ter partes utilizadas como fundo de pesquisa. "Em geral, o sketchbook é o lugar em que você pode reunir e processar todas as informações coletadas; portanto, é um espaço muito pessoal para trabalhar ideias", Seivewright (2015, p 82-83).
Moda (matematicamente) no campo de estudos da estatística, pode ser definida como o valor que possui o maior número de ocorrências num levantamento de frequências. "moda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/moda [consultado em 31-12-2017].
Modelar é arte de se expressar por meio de linguagem matemática, a partir de modelos (imagens que se formam na mente) para interpretar os fenômenos naturais e sociais, inerentes ao ser humano (BASSANEZI (2010, p 7).
Ver Seivewright (2015, p 153), o autor afirma ser inerente ao designer de moda comunicar ideias, pensamento e criações com uso de croquis, desenhos e ilustrações, ressalta ainda, que o designer “não precisa ser um exímio desenhista ou ilustrador”, mas é necessário conseguir fazer-se entender, expor para outras pessoas suas ideias.
Croqui é uma palavra traduzida do francês croquis, significa delineamento inicial de uma obra ou pintura, também pode ser traduzida como esboço, Priberam (WEB).
Seivewright (2015), descreve o croqui de moda ou esboço, como um dos vários aspectos do desenho de moda, complementado pelo desenho técnico e por ilustrações de moda, um processo importante para exercer sua função na indústria, enfatiza ser a capacidade essencial de comunicar ideias e de passar para o papel o que está na mente. Complementa que compreender a anatomia humana (formas musculares, proporção, equilíbrio, postura e estrutura esquelética) contribuirá para ser convincente em suas representações.
Representação gráfica: a arte de representar objetos por linhas ou figuras. Nesta pesquisa, as representações gráficas são relacionadas, principalmente, aos campo de desenho, modelagem e expressão da criatividade.
(latim graphicus,-a,-um, desenhado por mão de mestre, perfeito, completo, do grego grafikós, -ê, -ón, capaz de desenhar ou de pintar) “gráfico”, Priberam (WEB)
moulage, é modelar ou dar forma a um material diretamente sobre o corpo do manequim ou do usuário. Seivewright (2015, p 114), define a moulage como “uma técnica para criar molde e formas de roupa por meio de manipulação do tecido sobre o manequim”, com atividades de dobrar, preguear, franzir e drapear os materiais, formando representações tridimensionais
1.2 Elementos e princípios geométricos aplicados ao Design de Moda
A comunicação no campo da moda utiliza a representação gráfica para composição da linguagem visual desde registros de ideias, construção dos desenhos (esboços, registros de ideias, desenho técnico, desenho de moda); a representação gráfica é usada também em modelagens, infográficos e ilustrações detalhadas de texturas e design de superfícies, dentre outras.
A observação é fundamental para aprimorar o olhar, aprender a ver e fazer conexões entre o mundo das ideias e o mundo real.
É possível desenvolver qualquer tipo de representação gráfica a partir de conceitos da matemática básica, princípios e elementos geométricos (figura 02) como: o ponto, a reta, o plano e o espaço.
O ponto é o elemento sem dimensões, um sinal gráfico representado por um pingo com formato, geralmente, circular, identificado por letras maiúsculas do alfabeto brasileiro, utilizado para sinalizar localizações por coordenadas em um espaço. (Capítulo desenhar: ponto é também um dos elementos que pode ser aplicado nas técnicas de ilustração).
A reta é um elemento unidimensional (uma dimensão), formada por um conjunto de pontos que constituirá linhas infinitas. A reta pode ser definida como a menor linha traçada entre dois pontos, pode ser traçada em qualquer direção: horizontal, vertical ou diagonal, é identificada por letras minúsculas do alfabeto brasileiro. (Capítulo desenhar - as linhas em sua variedade de andamentos e tipologias, são elementos aplicáveis nas técnicas de ilustração, texturização e luz e sombra)
Os conceitos geométricos aqui apresentados são empregados na área de desenho geométrico do ensino fundamental, indicada por professores da área visto a importância para o despertar da criatividade e desenvolvimento do raciocínio dos estudantes, Giovanni (2010).
Segundo Giovanni (2010), o ponto, a reta e o plano são designados por símbolos gráficos: “os pontos, usando letras maiúsculas do alfabeto brasileiro; as retas com letras minúsculas; os planos com letras minúsculas do alfabeto grego (alfa, beta e gama).
Segundo Giovanni (2010), o ponto, a reta e o plano são designados por símbolos gráficos: “os pontos, usando letras maiúsculas do alfabeto brasileiro; as retas com letras minúsculas; os planos com letras minúsculas do alfabeto grego (alfa, beta e gama).
A figura 2, apresenta em detalhes a composição do quadrado a partir dos elementos fundamentais da geometria: ponto e retas. A composição de duas linhas paralelas na vertical e outras linhas horizontais (com a mesma dimensão), constituem os quatro lados do quadrado, compondo uma figura geométrica plana. Tecnicamente, o quadrado é um polígono bidimensional, da família dos retângulos, com a mesma medida para a dimensão da largura e da altura; formada por quatro segmentos de reta com vértices que formam quatro ângulos retos, ou seja, ângulos de noventa graus (duas retas perpendiculares). Dentro desta figura é possível traçar retas diagonais em quarenta e cinco graus obtidas com o traçado de segmentos de retas entre as vértices opostas.
A semirreta apresenta um ponto inicial, mas não tem um ponto final. O segmento de reta tem um ponto inicial e um ponto final. As linhas retas podem ser paralelas ou transversais.
As linhas são elementos fundamentais para a constituição da linguagem visual e expressão das ideias a partir de representações gráficas de moda. A categoria do desenho técnico de moda, apresenta detalhes mais realistas das roupas, desde as dimensões de altura e largura das partes (comprimento - corpo, mangas, profundidade de decotes). As linhas podem indicar funções variadas como: moldar o contorno da silhueta do corpo vestido, os recortes internos, aplicação de costuras aparentes (pespontos), aplicações, além de delimitar formas geométricas e formas orgânicas, e ainda apontar cotas para medidas a serem aplicadas.
A linha curva é um elemento unidimensional, constituída no mínimo por três pontos, formando curvas abertas (côncavas) ou fechadas (convexas). Quando as linhas curvas se fecham, originam figuras planas como os círculos e as elipses.
As linhas podem compor variados formatos de representações na linguagem visual de moda, mesclando as linhas retas e curvas, como sinuoso, misto; sentido ou direção podem ser convergentes (encontram-se no mesmo ponto) e divergentes (partem do mesmo ponto para direções opostas); a tipologia (pontilhada, tracejada, contínua, mista) e espessuras (grossas e finas). A figura 3, apresenta um exemplo da aplicação das linhas para a composição dos desenhos e comunicação em moda.
Figura 2 - Figuras e elementos da geometria
Fonte: Primária (2017)
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Polígonos: do grego polús significa “muitos”, e gonos significa “ângulo”; figuras geométricas com vários lados e ângulos, Paiva (2010, p 321). Polígonos podem ter de três a 20 lados, fator que altera sua nomenclatura.
Pespontos: Linhas de costura aparente, feitas a mão ou em máquinas. Podem indicar acabamento das peças ou elementos decorativos.
As linhas divergentes e convergentes são elementos utilizadas para complementar as informações nas representações gráficas, sugerindo atenção, energia, profundidade, movimento.
Facilitação gráfica, é relatada por David Sibbet (2013) no livro “Reuniões visuais” como uma eficaz forma de comunicação que tem sido por ele vivenciada na fonte criadora do Vale do Silício e na Baía de São Francisco, relata ser um “profissional de facilitação gráfica, inspirado na maneira como trabalham arquitetos e designers”. O autor faz uso do desenho com traços simples para compor uma linguagem visual lúdica, simples, com imagens autoexplicativas, esboço das ideias, materializando-as e tornando-as visíveis a todas as pessoas envolvidas em trabalho em equipe (o designer de moda precisa saber trabalhar em equipe). São utilizadas: traços simples, esboços, ilustrações, gráficos, signos, linhas, formas, esquemas, metáforas e poucos textos. Destaca, (SIBBET, 2013, p xvi): (...)“pesquisadores em aprendizado e inteligência cognitiva sabem agora que seres humanos processam a informação de formas diferentes, e que o pensamento visual é uma parte grande do que fazemos. Parece que nossos cérebros são maciçamente desenvolvidos para processar informação visual, alguns sugerem que até 80% de nossas células cerebrais estão envolvidas nisso”.
As linhas de contorno da silhueta feminina propõem um formato sinuoso, com espessura mais grossa delimitando os contornos da roupa sobre o corpo. No detalhe da gola do vestido, há uma composição de linhas mistas, com retas e curvas e diferentes direções. As linhas de recorte do vestido também tem composição mista, porém com espessura fina e traçado contínuo. As linhas paralelas tracejadas sugerem pespontos decorativos (figura 3), ou seja, costuras aparentes que podem ser feitas com técnicas manuais ou mecânicas.
O abotoamento do vestido da figura 3 é sugerido pela figura do retângulo para os caseados e do círculo para os botões. Este tipo de representação gráfica com detalhamento descrito é conhecida no campo da moda como desenho técnico (mais informações no capítulo desenhar), que pode conter as dimensões de cada parte do modelo em uma ficha técnica (capítulo desenhar) para possibilitar a interpretação dos profissionais do desenvolvimento de produtos (modelistas, estampadores, designer de superfície, costureiros, dentre outros) para dar continuidade no processo de criação, modelagem.
A representação gráfica é delineada segundo a percepção do olhar do observador como sugere o infográfico (figura 3) à direita. A proposta de composição deste material considera que o designer esteja executando o desenho sentado; pressupõe também que o corpo (pessoa real ou manequim) observado esteja de pé, assim, o olhar do observador estará na linha da cintura (linha X2) do corpo observado. Desta maneira as linhas acima do olhar, terão uma curvatura convexa e abaixo do olhar uma curvatura côncava. O desenho da manga na parte da frente é constituído por curvas convexas, enquanto a parte das costas côncavas (com cor cinza indicando avesso da peça), causando a percepção do braço estar tridimensionalmente vestido.
Figuras geométricas como o quadrado (figura geométrica plana) formam ângulos no encontro de retas que partem do mesmo ponto, e a unidade de medida é em graus (º). Os ângulos podem ser medidos com transferidores, e tem a variação entre zero e trezentos e sessenta graus
O plano é um conjunto infinito de retas enfileiradas (ou pontos) que formam uma superfície lisa, é identificado por letras do alfabeto grego (alfa, beta, etc). As linhas formarão duas dimensões (2D): altura e largura em posição perpendicular; elas possibilitam a construção de formas geométricas bidimensionais, como por exemplo o quadrado. Quando as duas retas perpendiculares estiverem graduadas, formarão o sistema de coordenadas cartesianas ou plano cartesiano, utilizado para localizar um ponto em determinado plano orientado por um par de coordenadas, como latitude e longitude; alturas e larguras.
O plano de coordenadas cartesiana é utilizado como base para programação computacional, inclusive dos softwares CAD/CAM como os softwares da empresa Audaces, para desenho, modelagem e encaixe; para seu uso eficaz é fundamental o conhecimento e o saber fazer manual (ver capítulo Modelar) para então poder utilizar essas ferramentas digitais. A aprendizagem envolve aspectos cognitivos, emocionais e sociais que são potencializados com a comunicação digital e altera as relações do estudante com as informações e construção do conhecimento, provocando um alinhamento mental entre as tecnologias analógicas e digitais.
A construção do método de modelagem cartesiana segue algumas diretrizes do padrão da escrita e do olhar do observador ocidental: de cima para baixo, da esquerda para a direita. O traçado do corpo será do centro para o lado esquerdo, desenvolvendo a frente e posteriormente as costas.
Os métodos para desenhar e modelar apresentados nesta pesquisa são aplicáveis no modo analógico e digital, tendo a linguagem pautada na programação por coordenadas dos sistemas CAD, a exemplo da empresa Audaces. A figura 4, apresenta a constituição do plano de coordenadas cartesianas, formado por dois e quatro quadrantes.
O primeiro e segundo quadrantes são utilizados como estrutura para a composição da grade estrutural para desenvolver os cânones humanos para o desenho (aplicável ao cânone para o técnico, de moda ou grego), observando as variáveis de suas proporções. O corpo feminino adulto é a base modular para gerar os demais cânones, gêneros e faixas etárias; desta forma os pés estão situados sobre o eixo 'X'; o eixo 'Y' é designado para a localização do centro do corpo, para equilíbrio e simetria.
O quarto quadrante (figura 4) é utilizado para o traçado de diagramas, moldes, interpretação de modelos e gradações (capítulo de modelagem cartesiana), bem como para a técnica de "moulage cartesiana" (capítulo Corpo e Moda), considerando o centro do corpo sobre o eixo 'Y'; outros eixos relevantes para a compreensão da figura 4, são: (1) eixo 'X1' para traçados do segmento do tronco superior; (2) eixo 'X2' para traçados do segmento do tronco inferior, da direita para a esquerda. A partir destas linhas são traçados o lado esquerdo do corpo frente e as costas; quando o traçado estiver finalizado é espelhado, ocupando o terceiro quadrante, para formar o molde inteiro.
Figura geométrica plana é uma imagem tem todos os pontos no mesmo plano (ao desenhar em uma folha de papel, a folha de papel, considerando suas dimensões é o plano) Segundo Giovanni (2010), elementos como a maquete de uma casa, ou um cubo são figuras geométricas não planas.
Plano de Coordenadas Cartesianas ou plano cartesiano é formado por duas retas perpendiculares denominados eixo 'Y' (vertical) e eixo 'X' (vertical), desenhadas sobre um plano, aplicado ao desenho geométrico, por Giovanni (2010).
Este assunto do sistema cartesiano, é tratado Ensino Médio, que por Paiva (2010) é descrito como “sistema ortogonal de coordenadas”; a palavra ortogonal, significa “que formam ângulos retos”. Segundo o autor, René Descartes (1596-1650) formalizou o sistema de coordenadas na sua obra “La Geométrie” (1637), embora outros matemáticos já utilizassem este sistema.
CAD/CAM é uma abreviatura inglesa de “Computer Aided Design – CAD” que significa em português “desenho assistido por computador” e “Computer Aided Manufecturing – CAM”, em português “manufatura assistida por computador.
No campo da moda, os estudantes são capacitados em desenvolver representações a modelagem digital permite a representação matemática de diagramas e moldes bi e tridimensionais com softwares especializados. O exemplo utilizado neste material, é o material utilizado pelos estudantes na instituição IFSC, o software do CAD conhecido como 'Audaces Moldes' e para o encaixe 'Audaces Excaixe'.
Uma característica a ser destacada, é que a base da programação deste sistema CAD, é o plano de coordenadas cartesianas.
A interface do sistema com o usuário oferece janelas com barras de ferramentas para desenhar e desenvolver textos (figura 5). A área de trabalho apresenta caixas de comunicação, miniaturas de todas as partes da modelagem e quadros com campos para inserir os valores das coordenadas (medidas do corpo).
Os valores das coordenadas 'X e Y', são inseridos nas caixas de diálogo, a unidade de medida considerada é o metro e seus submúltiplos, decímetro, centímetro e milímetro. Estas medidas são orientadas pelos botões de orientação de coordenadas, no quadrante inferior à direita da figura 5, é possível perceber na interface do software (Audaces Moldes), como ocorre a interatividade permite com precisão, construir representações gráficas (desenhos do corpo planificado, diagramas, moldes, interpretações de modelagens e gradações) de artigos do vestuário
O plano cartesiano, figura 4, é um sistema de coordenadas ''X' e 'Y'' formado por duas retas perpendiculares, na horizontal o eixo ''X'' (eixo das abscissas) e na vertical o eixo ''Y'' (eixo das ordenadas); ambos têm valores positivos e negativos. O encontro destas duas retas originam um ponto de 'origem', com quatro ângulos retos (noventa graus) gerando os espaços que são denominados quadrantes, (PAIVA, 2010, p 58).
Na direita da figura 4, estão representados os dois quadrantes superiores (primeiro e segundo) que são usados como base para traçar a grade estrutural para localização e posição das medidas, direção, simetria e equilíbrio dos cânones do corpo humano. A grade estrutural é centralizada no encontro das linhas perpendiculares ''X' e 'Y'', identificada pelo ponto zero. O módulo padrão é o quadrado que se repete na horizontal formando duas colunas; com variação de repetição para composição do corpo humano a ser representado. No centro das colunas está localizado o eixo 'Y' para determinar a linha de equilíbrio e simetria do corpo; na base horizontal está o eixo 'X' (figura 4), onde é localizado o ponto zero para localização dos pés descalços do cânone feminino adulto (matriz para os demais cânones). Estes estudos serão aprofundados na sequência deste capítulo e no capítulo Desenhar.
À esquerda da figura 4, está o quarto quadrante do plano cartesiano, que possibilita a localização exata de pontos por coordenadas para as alturas e comprimentos do corpo sobre o eixo vertical 'Y', bem como as larguras e circunferências do corpo sobre o eixo horizontal 'X'.
1.2.1 Plano de coordenadas cartesiana nos softwares de modelagem
Módulo: referência de unidade de medida.
O estudante precisa estar bem instrumentalizado com conceitos, métodos e técnicas que o capacitem a construir o conhecimento científico genuíno e a interagir com o meio digital (virtual, com interfaces como da figura 5) e o analógico, compreender as dimensões nos planos 2D e 3D. Deste modo, conquistará liberdade para expressões (oral, textual e visual) criativas e habilidades na construção de representações gráficas do corpo humano e projeção de artigos do vestuário em diferentes escalas: real, reduzida ou aumentada.
Para enfrentar tamanhos desafios na formação no campo da moda e vestuário, destaca-se o estudo das dimensões e proporções geométricas.
O quadrado é uma figura geométrica simétrica; com quatro vértices, que formam quatro ângulos retos, imagem à esquerda do infográfico 6, localizado sobre o plano de coordenadas cartesianas. Na sequência do infográfico, o desenho à direita ilustra a projeção de pontos com o eixo 'Z', que orienta a construção do plano tridimensional na representação do cubo , assunto tratado na geometria espacial, (ver capítulo Modamática, tópico 1.4).
Cubo é um hexaedro regular composto de 6 faces quadrangulares, 12 arestas e 8 vértices; constituído por: ponto, reta, linha e plano. Sólido de seis faces quadradas iguais entre si, dicionário Priberam (WEB).
A figura 6, demonstra a composição do quadrado bidimensional (2D) sobre um plano denominado 'beta', sua base está sobre a reta de ''X'' do plano cartesiano, que orienta a construção de uma reta diagonal com quarenta e cinco graus, a terceira dimensão, denominada reta 'Z'. O cubo é formado por seis quadrados idênticos ou faces, assim constituído por: quadro faces laterais, a base e o topo, as faces conectam-se em arestas e pontos em comum: os vértices. Assim, o plano de coordenadas apresenta a projeção de um cubo, em três dimensões (3D), altura ('Y'), largura ('X') e profundidade ('Z'), localizado o objeto no espaço.
O volume é o espaço ocupado pelo corpo tridimensional. O espaço é uma área delimitada, um intervalo na área entre largura e alturas, ou seja, a área que a figura ocupa, a justaposição dos planos onde é possível desenvolver as figuras geométricas tridimensionais e os sólidos.
Nas representações gráficas, o volume pode ser enfatizado na aplicação e observação de estudos de luz e sombra (capítulo Desenhar). Embora as ilustrações de moda não exijam o uso rigoroso de regras de perspectiva para projeção da tridimensionalidade, o conhecimento de seus princípios básicos contribuem para aprimorar a comunicação a partir da linguagem visual e liberdade criativa.
A percepção visual ocorre pelo olhar humano em um processo de observação que permite ao observador reunir e organizar informações visualmente. O aprimoramento desse processo ampliará a visão do observador para uma visão holística, com facilidade para identificar e selecionar padrões, além de proporcionar a localização de objetos e elementos no espaço a partir de uma perspectiva única: "do seu ponto de vista". A percepção visual do observador pode ser orientada para a direita ou a esquerda, com visão de meio perfil ou perfil em três quartos (será explorado mais adiante no item modamática 1.4 - figuras tridimensionais) considerando a linha da altura dos olhos, de acordo com a figura 7.
Volume, espaço ocupado por um corpo qualquer, Priberam (WEB)
A perspectiva permite agregar informações às representações gráficas com a ilusão de ótica de profundidade, mas, cabe ao desenhista decidir o quanto do realismo ou da imaginação serão aplicados na composição para facilitar a compreensão dos usuários. A figura 7, ilustra a localização dos círculos mais próximos e mais afastados a partir da percepção visual do observador (orientado por eixos do plano de coordenadas cartesianas) oportunizando uma projeção em profundidade com precisão.
Essas diretrizes são úteis para a observação do corpo humano, real ou manequim artificial e se constituem em importante objeto de estudo para os profissionais da área de moda e vestuário, sendo fundamental para isto o conhecimento e identificação do 'todo' e de 'suas partes' em diversas perspectivas.
Para o campo da moda são utilizadas diferentes propostas de representação do corpo em proporções e posições diversas; o desenho pode ser desenvolvido com vários métodos, técnicas e ferramentas analógicas ou digitais, até mesmo com a combinação delas. Basicamente o corpo humano é formado por cabeça, tronco (superior e inferior) e membros (braços e pernas).
Nos estudos de moda e vestuário frequentemente é usado o manequim alfinetável (ilustrado na figura 8) para técnicas de moulage. Este uso oportuniza a compreensão de suas dimensões e volumes com a observação e desenho do corpo, considerando a frente do corpo, com traçado de cima para baixo de um eixo central ('Y'), as larguras e principais proporções do tronco superior e inferior com eixo (X1 e X2).
Manequim alfinetável (objeto modelo brasileiro): estrutura artificial que simula o corpo humano com a divisão em quadrantes (linha princesa, centro frente e centro costas); internamente com fibra de vidro, forrado com acolchoamento para alfinetar, revestimento externo com tecido de brim; sistema para mover na altura, com e sem membros superiores e inferiores. Apresentado para biótipos de gênero feminino e masculino, do adulto ao bebê, há variações de padrões de medidas industrial, plus size, gestante, personalizável.
Como já apresentado no início do capítulo, o quarto quadrante do plano cartesiano é a estrutura para o desenvolvimento dos diagramas e moldes, interpretação de modelos e gradações. A blusa é o modelo base das peças que vestem o segmento do tronco superior; a saia é o modelo base que veste o segmento do tronco inferior, demonstradas na estrutura do quarto quadrante com a marcação das medidas por pontos de coordenadas. A figura 8, ilustra a construção do diagrama do corpo frente para a blusa e a saia, e a área correspondente do manequim alfinetável. O eixo 'Y' é essencial para compreender o centro de equilíbrio do corpo e o formato simétrico (lados esquerdo e direito), é possível desenhar apenas a metade do corpo frente e metade do corpo costas para construção de diagramas e moldes, posteriormente ajustáveis ao corpo analisado.
Na figura 8, o tronco superior é identificado com o quarto quadrante que indica o centro do corpo para o traçar do eixo 'Y', se considerar o ponto mais alto do ombro na base o pescoço, ponto de referência para traçar o eixo horizontal 'X1' (paralelo ao eixo 'X', na base do corpo). O encontro dessas duas linhas perpendiculares identificam o ponto zero, onde inicia a marcação das medidas do corpo (alturas e larguras) para projetar os artigos do vestuário para vestir o segmento do tronco superior.
Na mesma figura 8, o tronco inferior é identificado com o quarto quadrante que indica o centro do corpo para o traçar do eixo 'Y', considerando o ponto da linha da cintura a referência para traçar o eixo horizontal 'X2' (paralelo aos eixos X1 e 'X'). O encontro das linhas 'Y' e X2 identificam o ponto zero, ponto inicial para identificar e marcar as medidas do corpo e projetar os artigos do vestuário para vestir o segmento do tronco inferior.
As medidas estão sempre presentes no cotidiano da moda e do vestuário. Útil para determinar espaço, extensão e comprimento, a unidade de medida mais utilizada é o metro (m), seguido pelos submúltiplos centímetros (cm) e milímetros (mm). Diversos instrumentos de medição são utilizados ao longo do processo que inclui: a obtenção das medidas do corpo humano (circunferências, larguras e alturas), o traçado de esboços e desenhos analógicos e digitais; manipulação de materiais como tecidos e aviamentos; cálculo do consumo de fios ou custo das peças, dentre outros.
1.2.2 Instrumentos de medição
Metro é a unidade de medida relacionada ao comprimento de um trajeto, tem seus submúltiplos centímetros e milímetros. Desde a antiguidade os humanos utilizavam partes do corpo para medidas de comprimento: pés, palmos, polegadas, a jarda, o passo, Giovanni (2010).
O metro é considerada uma grandeza de base, seu símbolo é o “m”, instituídos pelo Sistema Internacional de Medidas. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pdf/Resumo_SI.pdf
Para a construção das representações gráficas e estudo da anatomia do corpo, são utilizados instrumentos para medir como: réguas retas, réguas milimetradas, esquadros e escalímetros. Para obter medidas do corpo é utilizada a fita métrica para costura . Os instrumentos de medição (ilustrados na figura 9) como as réguas milimetradas, devem ser posicionados sobre o ponto zero do quadrante para identificar os respectivos valores das medidas sobre o eixo 'Y' e o eixo 'X'. Na observação do corpo humano é possível localizar as linhas de medidas verticais (alturas e comprimentos) sobre o eixo 'Y' e as medidas horizontais (larguras e circunferências) sobre o eixo 'X'. A análise da composição do corpo precisa ser mais detalhada, localizando os pontos de articulação nos braços e pernas e as suas conexões com o tronco.
Há expressões orais do cotidiano, como 'larguras, alturas, circunferências', descrições que constam na figura 9, apresentando as principais linhas de medidas utilizadas para delinear o corpo em representações gráficas: tronco - largura das costas, alturas e circunferência de tórax, busto, cintura, quadril; membros inferiores - coxa, joelhos, panturrilha, tornozelo; membros superiores - bíceps, cotovelo e pulso.
Fita métrica para costura: instrumento de medidas em material maleável, com 1,5 metro de comprimento, com identificação de centímetros e milímetros, é utilizada para medir distâncias.
1.2.3 Moulage Cartesiana, corpo humano e a matemática
Neste tópico será tratado o tema matemática e o corpo humano, diretamente relacionada à técnica de moulage, a sua segunda pele esculpida, gerando diagramas e moldes anatômicos ou com formatos variadas. A técnica de moulage desenvolvida e vivenciada a partir dos fundamentos e conceitos matemáticos, será aprofundada no capítulo 2: Moulage Cartesiana e Corpo Humano (ver capítulo moulage Cartesiana e corpo humano)
A representação do manequim de modelagem (figura 10), 'modelo alfinetável' para técnicas de moulage (ver capítulo moulage Cartesiana e Corpo Humano), identifica as linhas de medidas e proporções de um corpo humano feminino adulto. As linhas, nesta ilustração (figura 10), indicam as circunferências, larguras, altura de regiões do corpo humano, são utilizadas como referência para construir as representações gráficas e modeladas. A divisão do corpo está proposta em quadrantes, centro da frente e centro das costas (eixo 'Y'); linha princesa (tracejada paralela ao eixo 'Y'), as linhas verticais identificam as alturas e comprimentos (eixo 'Y'); indicam as principais medidas horizontais delimitando as circunferências e larguras (eixo 'X').
Para construir as representações gráficas nas técnicas de modelagem (analógica e digital) e desenho, é possível esboçar apenas metade do corpo frente (lado esquerdo) na sequência, a metade do corpo costas (que pode ser construída sobre a estrutura da frente). O corpo deve ser analisado detalhadamente na vista frente e costas; segmentos de tronco superior e de tronco inferior; membros superiores e membros inferiores e identificar os principais pontos de articulação (rótulas de movimento), em detalhe na figura 11.
A figura 11 mostra a composição anatômica do corpo humano em detalhes, vista da frente e das costas, evidenciando a importância da compreensão em trezentos e sessenta graus. O eixo 'Y' marca a divisão do centro do corpo frente e do centro do corpo costas, dividindo-o simetricamente para o lado direito e o lado esquerdo. Cada um destes lados é subdividido pela linha princesa (linha tracejada vertical) que passa pela metade do ombro, mamilo, metade do quadrante na linha da cintura e quadril, centro da coxa, joelho e tornozelos. É sobre esta linha princesa que usualmente são marcados os pontos de ajustes e detalhes com as pences (triângulos de abstração de material)(ver capítulo moulage Cartesiana e Corpo Humano) utilizadas para ajustar os tecidos e materiais ao corpo.
A moulage (modelagem tridimensional sobre o corpo), é uma técnica que possibilita o estudo do corpo humano de maneira abrangente, um desenho escultural da segunda pele, o que estimula o despertamento sensorial do estudante a partir do toque das mãos sobre o corpo do manequim, sentindo as curvas e volumes. Os tecidos tradicionalmente utilizados para as técnicas de modelagem 3D são as telas (ver capítulo Modamática, tópico 1.3, figura 46-47) de tecido em algodão, algodão com poliéster, nas cores crú ou branco. Os cortes de tecido podem ser representados graficamente por figuras planas geométricas, como o retângulo, precisam ser identificados no sentido do fio com retas perpendiculares (figura 11) em todos os moldes. O sentido do fio do tecido orientará o corte de cada molde alinhado corretamente ao fio do tecido.
Tela é uma estrutura, construção de entrelaçamento de fios para formar o tecido por um conjunto de fios entrelaçados em trama e urdume formando um ângulo de (ou aproximado a) 90°. São três bases de ligamentos têxteis fundamentais: tela, sarja e cetim, Souza (1997).
Os tecidos usualmente são armazenados em rolos (ilustrado no quadrante inferior, figura 12). O sentido do fio do tecido ou material têxtil (vista em perspectiva - à esquerda e vista frontal - à direita), é marcado no sentido do comprimento do rolo (eixo 'y') formado por pontos de urdume ; o contra fio no sentido de largura (eixo 'X') é formado por pontos de trama formando um ângulo de noventa graus. Há ainda a possibilidade do sentido do viés do tecido, localizado na diagonal, formando ângulo de quarenta e cinco graus do esquadramento de 'Y' e 'X'. Nas laterais estão localizadas as ourelas do tecido: duas faixas paralelas ao urdume que arrematam e reforçam o acabamento da construção dos tecidos e estabilizam e uniformizam a largura. (ver capítulo Modamática, tópico 1.3, figura 46-47) Desta maneira, no quadrante superior da figura 12, está relacionado o sentido do fio do tecido com o eixo 'Y', ressaltando a importância de sua compreensão aplicada ao esquadramento com a régua, a identificação nos moldes e identificação no mesmo sentido da altura do corpo. O sentido do fio do tecido deve sempre ser identificado sobre cada parte dos moldes que constituem a modelagem de uma roupa (sentido do fio - eixo 'Y', o contra fio - eixo 'X' ou no viés em 45°).(ver capítulo Modelar).
Os materiais mais comuns na confecção de roupas são os tecidos de malha e tecidos plano (ver capítulo Modamática, tópico 1.3, figura 45). Esses tecidos podem ter diversas composições em seus fios, e construções variadas de malhas em teares circulares, malhas retilíneas ou tecido plano em teares (manuais ou industriais).
Urdume, pontos posicionados no sentido vertical para construção dos ligamentos têxteis que formam os tecidos, Souza (1997); Seivewright (2015).
Trama, pontos posicionados no sentido horizontal para construção dos ligamentos têxteis que formam os tecidos, Souza (1997); Seivewright (2015).
Viés ou enviesado, é uma reta inclinada; linha, trajetória ou direção oblíqua (não é horizontal, nem vertical), Priberam (WEB). Na moda, o viés é o sentido do fio em 45°, pode ser considerando o sentido diagonal entre os pontos dos ligamentos (trama e urdume) que constituem os ligamentos têxteis, Souza (1997).
Ourela, palavra derivada do latim orula, diminutivo de ora, -ae, significado traduzido em português é orla, borda, "ourela", Dicionário Priberam (WEB).
Malha: material têxtil produzido em teares circulares ou máquinas retilíneas que entrelaçam (por laçadas) o fio consigo mesmo, no processo de trama, Souza (1997); Seivewright (2015, 133) complementa, dizendo que as malhas têm boa elasticidade e são de fácil manuseio para modelar; formadas por linhas horizontais chamadas de carreiras e as verticais, de “fileiras”.
Tecido plano: material têxtil produzido em teares lineares, manuais ou industriais, com entrelaçamento dos fios em urdume e trama, formando ângulos retos de (ou aproximadamente) noventa graus, nas duas extremidades laterais está a ourela (pequeno espaço de tecido mais resistente) que serve de acabamento lateral do tecido, Souza (1997). Ver norma NBR 13370.
Para Seivewright (2015, p 133), tecidos planos são constituídos pelo cruzamento em ângulo reto, dos fios verticais (urdume) e horizontais (trama), têm a rigidez e peso definidos pela quantidade de fios por centímetro e da espessura do fio. Para o autor, elementos do tecido como peso e manuseio definem o caimento da roupa; suas qualidades estéticas como aparência e toque são inspirações visuais e sensoriais ao desenvolvimento criativo. A escolha dos tecidos deve considerar função e desempenho da roupa a ser desenvolvida
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A moulage possibilita ao estudante trabalhar de maneira palpável a transformação de uma forma bidimensional de tecido em uma segunda pele, uma cópia das formas e volumes tridimensionais do corpo, e posteriormente tornar essa segunda pele em molde bidimensional. Para um bom resultado desta técnica de modelagem, é fundamental identificar o sentido do fio do tecido, paralelo ao sentido da ourela. Há variação quanto as larguras de tecido para moulage, no exemplo da figura 13, o tecido tem oitenta centímetros de largura (eixo 'X') e sessenta centímetros de altura (eixo 'Y'). Esta dimensão de tecido é suficiente para a frente e costas.
A linguagem matemática está presente na expressão oral que instrui as atividades para exercitar as técnicas de moulage, por exemplo na orientação de um passo a passo (ver capítulo moulage Cartesiana e corpo humano), para 'marcar sobre o tronco superior, a linha reta paralela a dois centímetros da ourela do tecido, nas duas laterais. Na metade da altura do tecido marque uma linha transversal (eixo 'X'), identifique-a como altura do busto. Marque o centro com linha tracejada para ser cortado posteriormente. O tecido deve ser aplicado sobre o centro do corpo (eixo 'Y'), alinhando a linha da altura do busto (eixo 'X'), sobre a linha com a mesma identificação no corpo. Conforme a ilustração 13, este deve ser o primeiro alfinete a ser aplicado (ver capítulo moulage Cartesiana e corpo humano)
Na parte esquerda da figura 13 está representado o retângulo de tecido que será utilizado para exercitar a técnica de moulage sobre o tronco superior do manequim. O eixo 'Y' está identificado com as linhas de cotas, com uma reta paralela a dois centímetros da ourela do tecido, nas duas laterais do retângulo, para frente e costas. Na metade da altura do tecido esquadre uma linha transversal, eixo 'X', identifique-a como altura do busto.
Linhas de cotas: linhas auxiliares, com espessura fina, contínua e com pontos de identificação que indicam os números das medidas a serem aplicados em cada local. Para o desenho técnico existe a NBR 8403.
O tecido deve ser aplicado sobre o centro do corpo com o eixo 'Y', alinhando a linha da altura do busto (eixo 'X'), sobre a linha com a mesma identificação da circunferência do busto no corpo. Como ilustrado na figura 13, este deve ser o primeiro alfinete a ser aplicado. (ver capítulo moulage Cartesiana e corpo humano)
As proporções matemáticas e formas geométricas existentes na composição do corpo humano real, possibilitam que as representações gráficas de moda (croquis, desenhos e ilustrações), sejam constituídas a partir de uma grade estrutural retangular, a partir do sistema de coordenadas cartesianas, utilizando o primeiro e o segundo quadrantes.
Este método possibilita a construção do cânone grego ou cânone clássico (com 8 cabeças), que tem proporções próximas ao corpo humano real, com figuras geométricas simples, como o quadrado. O método soma-se às técnicas de desenho e ilustração do campo das artes plásticas, sobre a observação do cânone grego para desenhar a figura humana realista, com estudos de luz e sombra, cores e variação de materiais aos constantes exercícios práticos.
Este conteúdo aplica ao desenho do corpo humano (para todas as faixas etárias, biótipos e gêneros - (ver capítulo Desenhar) a composição de uma grade estrutural que parte da figura do quadrado, identificado com plano cartesiano, formando duas colunas (primeiro e segundo quadrantes) na primeira linha do cânone estrutural para desenho de moda.
A figura 14 apresenta o cânone do corpo feminino adulto (modelo de referência para a composição dos demais corpos), na versão realista com oito cabeças e na versão estilizada para moda com nove cabeças.
1.2.4 Conceitos matemáticas e geométricos aplicados aos cânones estruturais de desenho
Fernández e Roig (2007) apresentam em sua obra, a aplicação da geometria como uma das estratégias para facilitar a compreensão da composição volumétrica do corpo humano para desenvolver representações do corpo, croquis, desenhos e ilustrações de moda estilizados.
Bryant (2012), apresenta a composição do desenho do corpo humano estilizado (diferentes gêneros e faixas etárias) para o desenho de moda com desenhos geométricos simples, destacando que, a proporção do corpo é livre, mas deve ser manter consistência com o conceito proposto ao público-alvo.
A figura na versão estilizada para moda, refere-se a uma representação gráfica do corpo humano mais simplificada, levemente deformada, autoral. A partir das figuras geométricas base, o alongar do corpo já constitui uma estilização.
Fernández e Roig (2007, p 40) trata sobre estilização da figura, de experimentar a alteração de algumas partes do corpo em proporções diferentes, alongando a altura, reduzindo a massa muscular, dentre outras.
Bryant (2012) sugere para iniciantes no desenho de moda, a ‘moderna’ composição de nove cabeças para o corpo feminino e masculino adultos; em cada capítulo do seu livro, a constituição do desenho da figura humana (diferentes gêneros e faixas etárias) e sugestões de estilizações, ressalta a importância dos exercícios de desenhar a partir de técnicas de observação pessoas reais, exercitar constantemente e aplicar em diferentes possibilidades proporcionais, experimentar na prática.
A figura na versão estilizada para moda, refere-se a uma representação gráfica do corpo humano mais simplificada, levemente deformada, autoral. A partir das figuras geométricas base, o alongar do corpo já constitui uma estilização.
Fernández e Roig (2007, p 40) trata sobre estilização da figura, de experimentar a alteração de algumas partes do corpo em proporções diferentes, alongando a altura, reduzindo a massa muscular, dentre outras.
Bryant (2012) sugere para iniciantes no desenho de moda, a ‘moderna’ composição de nove cabeças para o corpo feminino e masculino adultos; em cada capítulo do seu livro, a constituição do desenho da figura humana (diferentes gêneros e faixas etárias) e sugestões de estilizações, ressalta a importância dos exercícios de desenhar a partir de técnicas de observação pessoas reais, exercitar constantemente e aplicar em diferentes possibilidades proporcionais, experimentar na prática.
Para a composição do cânone grego (figura 14) a grade estrutural é composta por duas colunas (dois quadrados) de largura e oito linhas de altura e no centro está a linha horizontal 'Y' (para simetria e equilíbrio). O cânone de desenho de moda tem as duas colunas de largura, porém, nove linhas de altura. O quadrado é a figura geométrica base da grade estrutural, o módulo. Na primeira linha (sobre o plano cartesiano), a linha horizontal 'X', é onde ficam apoiados os pés descalços, abaixo de 'X', com um terço de altura do módulo referencial está proposto a localização dos pés com saltos altos. Este detalhe dos pés descalços e com salto alto será tratado neste capítulo no item 1.4, sobre figuras tridimensionais, (ver capítulo Desenhar). A numeração de cada uma das linhas está à direita da grade; para cada uma das linhas há uma grade tracejada para as subdivisões em três ou quatro partes.
A figura na versão estilizada para moda, refere-se a uma representação gráfica do corpo humano mais simplificada, levemente deformada, autoral. A partir das figuras geométricas base, o alongar do corpo já constitui uma estilização.
Fernández e Roig (2007, p 40) trata sobre estilização da figura, de experimentar a alteração de algumas partes do corpo em proporções diferentes, alongando a altura, reduzindo a massa muscular, dentre outras.
Bryant (2012) sugere para iniciantes no desenho de moda, a ‘moderna’ composição de nove cabeças para o corpo feminino e masculino adultos; em cada capítulo do seu livro, a constituição do desenho da figura humana (diferentes gêneros e faixas etárias) e sugestões de estilizações, ressalta a importância dos exercícios de desenhar a partir de técnicas de observação pessoas reais, exercitar constantemente e aplicar em diferentes possibilidades proporcionais, experimentar na prática.
A figura na versão estilizada para moda, refere-se a uma representação gráfica do corpo humano mais simplificada, levemente deformada, autoral. A partir das figuras geométricas base, o alongar do corpo já constitui uma estilização.
Fernández e Roig (2007, p 40) trata sobre estilização da figura, de experimentar a alteração de algumas partes do corpo em proporções diferentes, alongando a altura, reduzindo a massa muscular, dentre outras.
Bryant (2012) sugere para iniciantes no desenho de moda, a ‘moderna’ composição de nove cabeças para o corpo feminino e masculino adultos; em cada capítulo do seu livro, a constituição do desenho da figura humana (diferentes gêneros e faixas etárias) e sugestões de estilizações, ressalta a importância dos exercícios de desenhar a partir de técnicas de observação pessoas reais, exercitar constantemente e aplicar em diferentes possibilidades proporcionais, experimentar na prática.
A linha horizontal X1 (paralela a linha 'X') identifica localização do quadrante para o tronco e membros superiores, no ponto mais alto do ombro que se encontra com a base do pescoço. A linha horizontal X2 (paralela a linha 'X') identifica a localização do quadrante para o tronco e membros inferiores, no ponto de cruzamento da linha da cintura com a linha central 'Y'.
Após a composição matemática da estrutura do corpo, o desenho pode receber o tratamento de linhas mais sinuosas, detalhes de musculatura, traços de humanização e finalização com técnicas de ilustração, analógica ou digital.
A figura 15 apresenta os cânones estruturais grego (referência para a composição do cânone de moda) e o cânone de moda (será referência para os demais cânones e estilizações de moda) (ver detalhes no capítulo Desenhar), humanizados, com técnicas de ilustração digital. Mostra ainda, o corpo e suas partes em um comparativo entre os dois cânones que apresentam larguras muito similares, porém, alturas diferenciadas em alguns pontos, resultando em uma estilização.
Fazer com as mãos, com o corpo, “fazer é pensar” segundo Sennet (2009), é fundamental o fazer manual para gerar conhecimentos que evoluem para a cabeça (cérebro), a imaginação é fortalecida, a habilidade corporal é aprimorada, o corpo mostra “como” fazer, o cérebro o “porque”; juntos proporcionam experiências instrucionais que resultarão na qualidade no fazer benfeito, reinventando as habilidades e técnicas.
O cânone grego da figura 15, é uma composição matemática idealizando uma pessoa adulta, do gênero feminino, considerando a altura da 'cabeça como unidade de medida' (ver figura 19) para compor sua altura com 8 cabeças. Metade de sua altura é composta pela cabeça e tronco, a outra metade da altura são as pernas e pés. A cabeça ocupa um módulo (módulo 8); os braços são conectados na rótula dos ombros (troco superior); a altura da rótula do cotovelo está na linha da cintura; a rótula do pulso na linha do quadril; a mão tem aproximadamente a altura de um módulo; a ponta dos dedos na metade da altura da coxa. A articulação do quadril (tronco inferior) conecta as pernas; na metade do comprimento está a rótula dos joelhos; na metade da altura do módulo 1 está a rótula do tornozelo. Na outra metade do módulo, conectados à rótula dos tornozelos, estão os pés descalços apoiados sobre a linha 'X'. Quando a figura humana estiver com sapatos de salto alto, descerá de zero uma linha tracejada em até um terço da altura do módulo.
As proporções apresentadas na figura 15, do cânone grego em relação a altura do cânone de moda (9 cabeças) (ver detalhes no capítulo desenhar), partem das semelhanças do módulo da cabeça e do tronco, com alongamento maior das pernas, um módulo de altura. Quando o tronco e os membros inferiores são alongados, os braços (membros superiores) serão proporcionalmente alongados, mantendo a finalização dos dedos na altura da metade das coxas. O comprimento das mãos, considerando a rótula do pulso até a ponta dos dedos, ocupa um módulo de altura, a mesma altura da cabeça.
A palavra "proporção" no campo da matemática é interpretada como "igualdade entre duas ou mais razões" (GIOVANNI, 2010, p. 6). A razão tem origem no latim "ratio" e significa divisão ou quoficiente entre dois números A e B, representados um sobre o outro com traço no meio, ou A/B. Essa representação é denominada fração, por exemplo: dois terços é igual a quatro sextos, (SERCOMTEL, WEB).
O estudo das frações é uma área da matemática que estuda "a divisão do todo em várias partes". Usualmente representado (a/b - a sobre b), 'a' é o numerador e 'b' o denominador. O numerador, o número inteiro que está sobre o traço da fração, indica quantas partes são tomadas do todo. O denominador é um número inteiro e deve ser diferente de zero, indica em quantas partes o todo está dividido. Segue demonstração matemática na figura 16.
1.2.5 O estudo da proporção aplicado ao desenho e a modelagem
Proporção: harmonia que deve existir entre as diversas partes de um todo, e entre cada parte e o todo. "proporção", Priberam (WEB).
Razão é a quantidade que numa série de números mantém a mesma relação, operam do mesmo modo. É uma forma de comparar duas grandezas, desde que estejam na mesma unidade de medida. Grandeza, na matemática é tudo o que é suscetível de ser acrescentado ou diminuído. "grandeza", Priberam (WEB).
Fração é um objeto matemático útil para oportunizar as divisões do todo de maneira mais precisa. Este assunto faz parte do ensino fundamental, aprimorado no ensino médio; pode ser encontrado em site educativo na web. Disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracoes.htm
A figura 16 apresenta na primeira linha a figura do quadrado, que representa o 'todo', dividido em partes; as partes coloridas em laranja foram tomadas do todo, indicadas no numerador (parte superior da fração). A mesma lógica se repete na segunda linha: a figura do círculo representa o 'todo' e o denominador (parte inferior da fração) indica em quantas partes o todo foi dividido.
Outro método matemático útil para calcular proporções, é a regra de três. Também é um método de resolução de problemas reais que envolve frações, quando, entre duas razões proporcionais houver a ausência de um dos quatro elementos, figura 17.
Regra de três também conhecida por “regra dos três números conhecidos”, historicamente, no século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os princípios dessa regra em seu Liber Abaci (o livro do ábaco), embora os conhecimentos já existissem desde a idade Média, quando os árabes já haviam revelado ao mundo a "Regra de Três", (SERCONTEL ,WEB).
Regra de três também conhecida por “regra dos três números conhecidos”, historicamente, no século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os princípios dessa regra em seu Liber Abaci (o livro do ábaco), embora os conhecimentos já existissem desde a idade Média, quando os árabes já haviam revelado ao mundo a "Regra de Três", (SERCONTEL ,WEB).
Regra de três também conhecida por “regra dos três números conhecidos”, historicamente, no século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os princípios dessa regra em seu Liber Abaci (o livro do ábaco), embora os conhecimentos já existissem desde a idade Média, quando os árabes já haviam revelado ao mundo a "Regra de Três", (SERCONTEL ,WEB).
A regra de três é um processo matemático que envolve duas grandezas, ou duas razões (escritas em forma de fração), que podem ser diretamente ou inversamente proporcionais. Duas grandezas são denominadas 'diretamente proporcionais', quando há aumento em uma delas e a outra também aumentará; se houver diminuição em uma delas, a outra também diminuirá proporcionalmente, conforme indicado na figura 17, na legenda de significados (a direita da figura) com as setas ao lado das razões. A regra de três inversamente proporcional ocorre quando uma das razões aumenta e a outra diminui (proporcionalmente), ou seja, há de inverter apenas um dos lados (indicado na legenda de significado, figura 17).
Essas 'razões' matemáticas têm sido desenvolvidas ao logo da história para solucionar problemas reais que envolvem a divisão de grandezas e a proporção, a semelhança de figuras planas , as escalas para redução e ampliação e, a mais famosa razão 'PHI'. Esta razão representada pela letra grega 'PHI', é uma constante real algébrica, que tem o valor próximo de 1,618.
Atenção: Não confunda a razão 'PHI' com o número 'PI'.
“PI” é a representação do número, pode ser definido como uma proporção numérica definida pela relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro. É um número irracional (não pode ser escrito como a divisão de dois números inteiros, a aproximação para o número PI tem dez dígitos decimais: 3,1415926536, (SERCOMTEL, WEB).
Segundo observações no percurso da história, e exemplos citados em Sercontel (WEB), o número ‘três’ já era utilizado desde a antiguidade para calcular a área de círculos; útil para a Matemática e nas Ciências para determinar perímetros, áreas, centros de gravidade, informações sobre segmentos e setores circulares e elípticos, inclusive em cálculos de navegação, dentre outros.
As proporções matemáticas auxiliam as projeções a encontrarem valores como harmonia, simetria e equilíbrio. Na composição do corpo humano, há possibilidade de aprimorar a percepção do estudante, estimular a observação e encontrar relações que das partes do corpo entre si.
A sequência numérica de Fibonacci é um conjunto de números {1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55,…}, da divisão de cada número pelo seu antecessor, é extraída uma razão que é o "número de ouro ou Phi", que forma outra sequência proporcional [1/1=1, 2/1=2, 3/2=1.5, 5/3=1.666, 8/5=1.6, …]; nestas divisões, as razões sempre são próximas ao valor de Phi (SECOMTEL, WEB).
Esta sequência representada na figura 18, pode ser aplicada à composição de retângulos que resultam da razão entre o maior lado (a) e seu menor lado (b).
Na lateral esquerda da figura 18 está apresentada a figura do quadrado (módulo referencial para o método de desenho de moda nesta pesquisa) e a composição de um retângulo de ouro, a partir de uma diagonal (do centro de sua base em direção ao vértice da direita). Outra maneira de compor retângulos com essas proporções 'áureas' é com os quadrados e a sequência Fibonacci. A formação numérica é iniciada com a soma dos números inteiros (a+b): 1+1=2; 2+1=3; 3+2=5; 5+3=8 (continua infinitamente). O resultado de cada soma , por exemplo o '3' (2+1=3), será o primeiro elemento na próxima equação somada ao primeiro número (2) da soma anterior resultando em: '3+2= 5'. Ao dividir o resultado da soma (5), pelo resultado da soma anterior (3), obterá o valor igual ou aproximado ao número de Phi.
Embora os estudos das proporções áureas (por Da Vinci) tenham sido aplicados ao cânone masculino, o estudo destas proporções estão aplicadas ao cânone feminino (cânone grego). Na direita da figura 18 estão demonstradas as relações entre a altura total do corpo humano (a+b), as partes proporcionais do tronco superior e a (b), e a altura da cintura ao chão (a). Outros exemplos são as proporções entre o antebraço e a mão, bem como do tronco inferior e a altura do joelho. As dimensões e proporções do corpo humano estão mais aprofundadas nos estudos de antropometria, (ver capítulo "moulage Cartesiana e Corpo Humano").
Dos exercícios de aplicação prática dos estudos da sequência Fibonacci para a projeção de artigos do vestuário com os métodos de desenhar e modelar (em exemplos na figura 18), foi identificada a possibilidade de desenvolver modelos como a clássica saia reta e a camiseta "T-shirt" .
Clássica saia reta, tem a modelagem anatômica (justa no quadril), o comprimento até a altura dos joelhos
“T-shirt” é uma expressão (popular) do inglês, que traduz o modelo da tradicional camiseta com modelagem retangular que lembra o formato de um “T”, com decote redondo e mangas curtas.
O desenho da camiseta "T-shirt" (figura 18) foi projetado com as medidas de altura e largura da cintura, (obtenção de medidas do corpo humano - ver Capítulo Modelagem Cartesiana, modelagem da camiseta) medida 'a' (em formato de um quadrado), e a medida da altura do quadril, medida 'b', formando o comprimento da camiseta a partir do retângulo áureo (a+b); a manga curta partiu do quadrado de metade da largura das costas (a), projetando o comprimento para manga curta (b). Na parte à direita da figura, a clássica saia reta (conhecida popularmente como 'estilo secretária'), foi projetada com a medida da circunferência do quadril (a), e a altura do quadril (b), obtendo (a+b) para o comprimento da saia (ver Capítulo Modelagem Cartesiana, modelagem da camiseta).
Para o estudante desenvolver maior controle na evolução dos conhecimentos, sugere-se estudar as partes do corpo, 'fracionar o corpo' e posteriormente colocá-las juntas (ver técnica de desenho, capítulo Desenhar).
O corpo humano é a base (modelo) para projeção das roupas; para isso é fundamental a compreensão do corpo 'o todo' e as relações com as partes. No campo da moda e do vestuário, as razões e a linguagem das frações são aplicadas nos métodos de desenho e de modelagem.
Da observação à obtenção das medidas do corpo humano (ver capítulo modelar) para a representação gráfica de diagramas e moldes, é fundamental compreender as dimensões do corpo: alturas e comprimentos, larguras e circunferências, exemplo na figura 20. Nos métodos apresentados nesta pesquisa, as alturas e comprimentos estão alinhadas ao eixo 'Y'; as larguras e circunferências estão alinhadas ao eixo 'X'.
A figura 20 ilustra a obtenção de medidas do tronco superior para desenvolver o desenho do diagrama da blusa utilizando a fita métrica. As principais medidas utilizadas são: a largura das costas, altura do busto, circunferência do busto, distância entre os mamilos, altura do busto (mamilo), altura da cintura, circunferência da cintura. (Ver modelagem cartesiana da blusa - link para o capítulo modelar).
O desenho na parte inferior, lado direito da figura 20, apresenta o esboço da construção do diagrama da blusa (sobre o corpo). O tronco superior tem como ponto de referência o centro do corpo, eixo 'Y' (frente e costas) e o ponto mais alto do ombro na base do pescoço (ponto A), onde é esquadrado o eixo 'X'. A altura do busto, mamilo e da cintura são obtidas a partir deste ponto em linha reta sobre o eixo 'Y' e paralelas. As larguras das costas e distância entre os mamilos é também em linha reta; as larguras são divididas por 2 (o corpo tem o lado direito e o lado esquerdo - frente e costas); as circunferências englobam as medidas da frente e das costas, a fita métrica envolve ambos; as dimensões serão divididas por 4, aplicadas sobre o eixo 'X' e paralelas.
1.2.6 Proporções matemáticas e o cânone de desenho de moda
As proporções matemáticas estão presentes na construção das representações gráficas para o desenho que, inclusive faz uso das frações para a estruturar a cabeça, unidade de medida para a composição do corpo humano. A representação gráfica da cabeça, é iniciada em um módulo (dois quadrados alocados lado a lado sobre o eixo 'X', centralizando o eixo 'Y' entre os dois) da grade estrutural. Este módulo da cabeça é subdividido na vertical (eixo 'Y', que forma linhas tracejadas paralelas ao eixo 'X'), para facilitar a projeção de formas geométricas que comporão o contorno da cabeça. A estruturação do módulo da cabeça é utilizada para a composição do cânone grego e de moda.
A figura 21 apresenta exemplos da composição da grade estrutural para o cânone grego, são necessárias 8 cabeças de altura e duas de largura; para o cânone de moda, são 9 cabeças de altura e duas de largura. (capítulo Desenhar - método Cânone Estrutural de Desenho de Moda)
Figura 21 - A cabeça, unidade de medida para o corpo humano
Fonte: Primária (2017)
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O quadrado, figura 21, é delineado a partir do plano cartesiano (eixos 'X' e 'Y'), que espelhado compõe uma linha com dois quadrados, formando uma linha ou módulo. Este módulo é dividido no sentido vertical, em três partes iguais. Para a construção do primeiro círculo, serão utilizados dois terços da altura do módulo; já para o segundo círculo será utilizado um terço da altura do módulo. O contorno da cabeça é uma linha sinuosa unindo as extremidades dos dois círculos, gerando uma figura oval. A altura da cabeça corresponde a altura do módulo e a largura é de dois terços do módulo.
Outra observação da figura 21, é que a grade estrutural para o desenho do corpo humano feminino adulto na proposta do cânone grego (referência para o cânone de moda) tem 8 cabeças de altura, no segundo módulo está localizada a largura do corpo, igual a duas cabeças. O cânone do desenho de moda tem 9 cabeças de altura, no segundo módulo é localizada a largura do corpo, igual a duas cabeças.
A altura da grade estrutural é definida de acordo com a faixa etária e estilização dos cânones para o desenho do corpo humano (ver detalhes de cada cânone no capítulo Desenhar), mantendo o eixo 'Y' no centro da grade (entre os dois quadrados) e o eixo 'X', na base da grade. Para o corpo humano feminino e masculino adultos, são utilizadas 8 alturas para o cânone grego e 9 cabeças para o desenho de moda. A numeração da grade pode ser colocada em uma das laterais, de baixo para cima, em cada uma das linhas ou módulos.
Diante da importância do módulo da cabeça para composição dos cânones de desenho grego e de moda, a figura 21 apresenta a localização e proporções das partes: escalpo, queixo, sobrancelhas, olhos, nariz, boca, bochechas, mandíbula e orelhas; matematicamente distribuídas, com o auxílio das frações.
Escalpo: pele que reveste o couro cabeludo, na parte da frente da cabeça, emoldura o rosto, Dicionário Priberam (WEB)
O contorno da cabeça (figura 22) tem suas dimensões compostas pela mesma altura do módulo (o quadrado) e dois terços para a largura; esta altura é subdividida proporcionalmente em três partes iguais. Na metade da primeira subdivisão (que tem um terço de altura) está a linha do escalpo.
Na metade da altura total da cabeça está localizada a linha dos olhos. Na figura 22, há indicação para dividir a largura da cabeça em cinco partes iguais para encontrar a largura dos olhos; as larguras pares (2 e 4) correspondem ao posicionamento dos olhos. A partir desta largura, foi formado um quadrado centralizado na linha de altura dos olhos formando dois retângulos, o retângulo inferior para a estrutura do olho (globo ocular, pupila, pálpebras); no topo do retângulo superior pode ser localizada a sobrancelha. Para delinear a dimensão da pupila, foram utilizados dois quartos da largura do retângulo do olho formando um círculo e deve ser delineado pelas pálpebras de maneira que parte do círculo seja encoberto.(ver detalhes de desenho e ilustração no capítulo Desenhar)
O nariz está localizado na base do círculo maior da cabeça (na figura 22 mostra a base na segunda linha da subdivisão do módulo), sua largura é de um retângulo (igual a um quinto da largura da cabeça), centralizado entre o par de olhos. O nariz pode ser estruturado por três círculos: no centro o maior com o diâmetro de dois quartos da largura do retângulo, os outros dois círculos para as narinas têm o diâmetro de um quarto da largura do retângulo. Esta estrutura dos círculos auxiliará o estudante a traçar as linhas sinuosas do nariz no processo de humanização e ilustração. A altura da orelha acompanha a linha da base do nariz e a linha das sobrancelhas.(ver detalhes de desenho e ilustração no capítulo Desenhar)
A boca pode ser delineada na metade da terceira subdivisão do módulo; sua largura proporcional pode ser encontrada traçando uma linha diagonal (linha tracejada na cor púrpura, figura 22) da extremidade da largura (círculo) da cabeça até a base central do queixo. A altura dos lábios pode ser similar a altura dos olhos. A estrutura de círculos para os lábios auxiliarão o estudante a delinear as linhas sinuosas e orgânicas no processo de humanização.
A articulação do maxilar está na mesma linha da altura da boca (figura 22); este é um ponto de referência para definir o formato do rosto e dar movimento nas expressões faciais. A terceira subdivisão do módulo tem a largura da cabeça dividida em oito partes iguais, o que é útil para localizar o queixo e maxilar.(ver detalhes de desenho e ilustração no capítulo Desenhar)
Para desenvolver o desenho da cabeça dos demais cânones femininos de acordo com as faixas etárias, bem como os masculinos, podem ser mantidas as mesmas dimensões do módulo da cabeça (um módulo de altura e dois terços de largura), conforme proposta apresentada na figura 23, as partes serão projetadas e distribuídas de maneira adequada a cada gênero e faixa etária.
Mesmo para quem aprecie mais as ilustrações digitais, é essencial praticar esboços e materiais manuais.
A figura 23, apresenta as dimensões de um módulo da grade estrutural para a cabeça, aplicável para o gênero feminino e masculino e que abrangem das fases adulto até o bebê, sugerindo redistribuição das dimensões e localizações das partes que a compõe. A cabeça projetada para o cânone masculino pode utilizar formas retangulares e chanfradas; para o cânone feminino e bebê, as formas circulares, em elipse, linhas curvas e arcos. O estudo e aplicação das sombras, enfatizam os volumes da cabeça, parte importante para estruturação do restante do corpo e identidade do desenhista. As técnicas de ilustração e práticas de humanização com aplicação de luz e sombra, favorecem o processo de estilização das figuras.
1.2.7 Proporções matemáticas aplicadas aos cânones para biótipos brasileiros
A observação e esboços de pessoas reais, na realidade na qual se está inserido, contribui para o desenvolvimento da autoralidade, para estilizar cânones de moda inspirados em biótipos brasileiros. Nas estilizações (FERNÁNDEZ e ROIG, 2007, p 40 e p 58) (ver capítulo Desenhar) são aplicadas as variações de proporções do corpo humano, em especial na região da cabeça, dos segmentos de tronco superior e inferior, que influenciam diretamente as proporções dos membros (superiores e inferiores).
O Brasil é um país de miscigenação de várias etnias, observar as origens e valores da população local, os traços mais significativos da estrutura física (estatura, biótipo, formato dos rostos, olhos, lábios, cor de cabelo, pele, silhueta, etc), hábitos e costumes, comportamento e atitudes, contribuirão para melhorar a expressão gráfica.
A moda do século XX, instituiu padrões de beleza (principalmente feminina) de pessoas altas, brancas e magras. Atualmente, esses padrões têm sido questionados e, para ampliar a liberdade de expressão nas representações gráficas e trabalhar com a diversidade, é fundamental desenvolver vários biótipos e massa corporal , e utilizar uma referência, a exemplo do cânone grego (figura 24), para aprimorar e compreender que existem inúmeras silhuetas corpóreas, e há inúmeras possibilidades para personalizar suas habilidades gráficas.
Índice de Massa Corporal – IMC, é um método para obter a informação se está abaixo do peso normal, acima do peso ideal, ou obeso.
A figura 24 propõe a observação de dois corpos, ambos com as estruturas do cânone grego, com silhueta do tronco no formato ampulheta; a diferença está nas proporções e volumes do corpo magro e o outro plus size. A opção de analisar o biótipo 'plus size' - em português 'tamanhos grandes', é por ter ganho espaço no mercado da moda nas últimas décadas. As principais diferenças entre as duas silhuetas estão na região do tronco superior e inferior, nas linhas das costas, busto, cintura e quadril. Estas medidas do tronco quando alteradas, interferem diretamente nos membros superiores, nos braços e antebraços; nos membros inferiores nas coxas e panturrilhas, (biótipos, ver capítulo moulage cartesiana e corpo humano), (ver capítulo Desenhar).
O desenho cânone grego foi desenvolvido a partir da observação e estudos de atributos de pessoas reais, pode ser utilizado como uma referência do corpo real idealizado para o cânone estrutural do desenho de moda. As bases de referência são úteis para que o estudante desenvolva a percepção em relação as semelhanças e diferenças entre as dimensões, volumes, simetria, proporções e equilíbrio.
O exercício de compor corpos com proporções diferentes é excelente para aprimorar a expressão gráfica e compreender que as proporções do corpo interferem diretamente nas proporções das roupas. Cada público-alvo, persona ou usuário, apresenta diferentes características de acordo com o gênero, faixa etária, etnia e biótipo (capítulo Desenhar). Seguem exemplos, na figura 25, da estruturação de corpos divergentes propostos para representação de croquis de moda.
Corpos divergentes, corpos humanos que tem a composição proporcional diferentes da maioria das pessoas em determinado local ou região.
A figura 25 apresenta a ilustração de três biótipos adultos do gênero feminino com silhueta ampulheta; as larguras do corpo são semelhantes, mas divergem nas proporções. Quanto a distribuição das medidas das alturas, linhas sobre o eixo 'Y', o primeiro cânone de moda com nove cabeças, representa uma usuária com biótipo similar as modelos de passarela, alta e magra; o segundo cânone estilizado de sete cabeças, representa uma usuária baixa e corpo bem magro; o terceiro cânone representa uma usuária adulta, com proporções de cinco cabeças e o biótipo com características de nanismo.
O cânone de nove cabeças e o cânone de sete cabeças, são mais similares na distribuição das (partes verticais) alturas; algumas linhas coincidem entre o tronco e membros (observar informações da legenda, quadrante superior da figura 25, à direita). A linha do busto é alinhada com os bíceps; a cintura com os cotovelos; a linha do quadril com os pulsos; a finalização das mãos com a linha das coxas, conforme descrito na legenda da figura 25. O cânone de cinco cabeças apresenta a distribuição das linhas na altura de maneira divergente, membros são desproporcionais em relação ao tronco, as articulações dos braços não coincidem com as linhas horizontais, como altura das mãos que finaliza na linha do quadril.
ATENÇÃO! Para desenhar um look ou uma coleção de moda, é fundamental saber "quem" será o usuário, observar as características físicas, esboçar as proporções e analisar sua distribuição.
Nanismo (do grego nânos, ou, anão + ismo), anomalia de crescimento que se caracteriza pelo tamanho inferior à média dos indivíduos do mesmo sexo e idade, dicionário Priberam (WEB).
“Look” palavra inglesa de uso comum, significa imagem externa, ou visual de uma pessoa, composto pelas roupas, acessórios e cabelo.
Coleção de moda: conjunto de várias peças de roupa e acessórios da mesma natureza, com detalhes provenientes da mesma temática ou inspiração.
Ver o capítulo quatro de Seivewright (2015, p 142-146), propõe exercícios práticos que tratam de como refinar e unificar uma coleção de moda, estudo e refinamento de componentes (silhueta, formas, linha, cor, texturas, estampas, etc) provenientes das pesquisas de moda relacionadas à temática escolhida.
Ao iniciar a composição de um corpo humano para atender o público ou pessoa, é importante desenvolver o biótipo estático na posição de descanso, quando o corpo distribui seu peso igualmente sobre ambas as pernas, detalhadamente. Com este esboço, será possível desenvolver as vistas de costas/perfil e diversas posições do corpo em movimento. Para projetar um corpo equilibrado em movimento, é importante observar o movimento do o quadril (figura 26) onde está localizado o centro de gravidade (ou centro de massa) do corpo humano.
Centro de gravidade é o ponto em que se concentra o peso dos corpos, dicionário Priberam (WEB)
A figura 26, apresenta o cânone de moda com 9 cabeças na posição de descanso; em destaque estão as linhas de costas, busto, cintura, quadril, joelhos, tornozelos e pés. Estas linhas destacadas têm alterações em relação ao eixo 'Y' e, com o movimento simples de apoiar o peso do corpo sobre uma das pernas, é possível perceber que formam ângulos diferentes. No cânone em movimento (à direita) (ver detalhes no capítulo Desenhar), percebe-se o movimento do centro de gravidade na região do quadril, apoiando o peso do corpo sobre a perna esquerda. Quando há movimento no tronco inferior, automaticamente o tronco superior converge (setas na cor verde) para o lado esquerdo, na direção do quadril. A perna direita move-se para estabilizar o corpo, o tronco superior (lado direito do corpo) fica em posição divergente (setas na cor verde) do tronco inferior. Com o movimento do tronco é revelada a linha da coluna vertebral (na cor laranja), antes sobreposta ao eixo 'Y'. Por último os braços e mãos são movimentados para equilibrar o corpo.
O cânone estrutural de moda do gênero feminino, com 9 cabeças, no método de desenho apresentado nesta pesquisa, é a referência para estruturar os cânones das demais faixas etárias do mesmo gênero. As proporções e dimensões de alturas e larguras são alteradas de acordo a idade; o tronco e membros têm linhas de destaque: costas, busto, cintura, quadril, joelhos, tornozelos e pés; presentes em todos os cânones.
A figura 27 apresenta quatro propostas de cânones estruturais do corpo feminino em diferentes faixas etárias, da fase adulta até a segunda infância, em torno dos sete anos de idade,(ver detalhes no capítulo Desenhar). A representação gráfica do cânone de moda com 9 cabeças, é indicada para a fase adulta (a partir dos dezoito anos), quando a formação do corpo está completa. As demais faixas etárias e gêneros são derivados dos estudos propostos com a composição de uma grade estrutural, conforme modelo do cânone base de 9 cabeças.
As representações das figuras humanas de cada fase do crescimento é iniciada com a construção de uma grade estrutural que tem a cabeça como unidade de medida. A figura 27, propõe a figura de moda para as jovens e adolescentes (idade entre treze e dezessete anos) com 8 cabeças; as pré-adolescentes (idade entre dez e doze anos) com 7 cabeças e as crianças da segunda infância (idade entre sete e nove anos) com 6 cabeças.
Nas faixas etárias de seis anos até o bebê, percebe-se poucas características físicas que diferenciem os gêneros feminino e masculino. A estrutura base é apresentada em três cânones, figura 28, que podem ser aprimoradas na fase de refinamento do croqui e ilustração de moda com caracterização orientada ao gênero a ser atendido, (ver figura 23, capítulo Modamática).
Destaca-se que não há imposição, sim, proposições para a composição das representações segundo as faixas etárias, com intuito de contribuir com orientações iniciais aos estudantes em observar características físicas do público-alvo/persona para quem estiverem criando.
As configurações propostas por este método de desenho, considerou observações de corpos reais em campo, proporções antropométricas, tabelas de medidas e outros autores como Bryant (2012).
A figura 28, apresenta o cânone de moda feminino adulto (9 cabeças), como referência para a construção dos cânones estruturais com cinco, quatro e três cabeças que atendem ao gênero feminino e masculino. O cânone para crianças da primeira infância (idade entre seis e quatro anos) com 5 cabeças; primeiros passos (idade entre três e um ano) com 4 cabeças e o bebê (idade entre onze meses e recém-nascidos) com 3 cabeças. Na composição de alguns cânones, a estrutura dos pés fica abaixo do eixo 'X' para facilitar a composição do corpo.
Destaca-se que as larguras do corpo infantil, (figura 28) estão relacionadas à largura da cabeça; a altura da cabeça é a mesma para todos os cânones, o que alterada; a cabeça é a unidade de medida para compor a altura o corpo, respeitando a faixa etária, a numeração está à direita das grades. As linhas coloridas, à esquerda de cada um dos cânones, identificam as partes do corpo que devem ser observadas com atenção no tronco e membros, conforme a descrição na legenda do infográfico. Com estas linhas coloridas é possível perceber o crescimento proporcional entre o tronco e membros.
O cânone estrutural de moda, feminino, adulto, também é referência para a composição dos cânones masculinos, do adulto à idade em torno dos sete anos, conforme ilustração da figura 29.
O importante é permitir-se experimentar!
O cânone estrutural feminino, com 9 cabeças está à esquerda da figura 29, estrutura referencial para a composição dos cânones do gênero masculino adulto e principais fases do crescimento, do bebê à fase adulta (ver detalhes no capítulo Desenhar).
A sugestão para compor as representações gráficas para o cânone masculino, propostas na figura 29, propõe a figura de moda para as jovens e adolescentes (idade entre treze e dezessete anos) com 8 cabeças; as pré-adolescentes (idade entre dez e doze anos) com 7 cabeças e as crianças da segunda infância (idade entre sete e nove anos) com 6 cabeças. As larguras do corpo, estão relacionadas à largura da cabeça; a altura do módulo da cabeça é a mesma para todos os cânones. A cabeça é a unidade de medida para compor a altura o corpo, respeitando a faixa etária, a numeração está à direita das grades. As linhas coloridas, à esquerda de cada um dos cânones, identificam as partes do corpo que devem ser observadas com atenção no tronco e membros, conforme a descrição na legenda do infográfico.
A geometria e conceitos matemáticos podem contribuir para facilitar a expressão e a comunicação visual das ideias, passar para o papel as representações gráficas de moda (corpo e roupas), seja para a modelagem ou para o desenho. O corpo humano, mesmo em toda sua diversidade (brasileira), parte das diretrizes: altura, largura, volumetria para compor um corpo e localizá-lo no espaço.
As práticas de desenho associadas aos conceitos matemáticos e geométricos potencializam a aprendizagem significativa (partem de conhecimentos estudados no ensino fundamental e médio). Tais práticas devem desenvolver habilidades para identificar as relações entre as proporções, aplicar luz e sombra para ressaltar os volumes, identificar e separar cores, texturas, materiais, a incidência de luz e sombra na silhueta, até simplificar suas formas em linhas e pontos.
1.3 Figuras geométricas planas
As figuras geométricas a serem estudadas neste tópico, são parte da geometria plana. Os conceitos e reflexões contidos nesta pesquisa, destacam a importância da matemática básica, elementos e princípios da geometria para a composição de representações gráficas nos métodos de modelar e desenhar o corpo e para o corpo (PAIVA,2010).
A figura do quadrado é considerada como base estrutural para as representações gráficas para desenhar e modelar. As principais figuras geométricas planas utilizadas nestas composições do corpo e, consequentemente, das roupas são: o triângulo, o círculo e o quadrado.
A ilustração da figura 30, propõe a construção de polígonos (triângulos, círculos e quadriláteros) a partir da estrutura do quadrado.
Para os métodos apresentados nesta pesquisa, a estrutura do quadrado é a base para construção das demais formas geométricas utilizadas nas representações gráficas. O quadrado permite trabalhar múltiplas linhas paralelas, diagonais e perpendiculares que permite variações de suas características gerando novas figuras geométricas como: retângulo, triângulo, losango, trapézio e o círculo.
A construção das figuras geométricas, ilustradas na figura 30, apresentam o retângulo de ouro, que pode considerar o esboço da figura do quadrado, marcar uma linha diagonal da metade da base com o vértice oposto e girar em direção à base. O triângulo isósceles pode ser construído a partir do traçado de uma diagonal do vértice da base até a metade da linha do topo, espelhando na vertical. O losango pode partir da estrutura do triângulo isósceles, sendo duplicado e espelhado no sentido horizontal. Para o trapézio, pode iniciar com a linha do topo dividida em quatro partes iguais, traçar uma diagonal a partir de um quarto até a vértice da base, na linha vertical do centro espelhar a diagonal.
O círculo é uma figura geométrica com estrutural radial, ou seja, o traçado de sua circunferência (limites do círculo) é formado por um conjunto de ponto que tem a mesma distância do ponto central. A distância do ponto do centro ao ponto da extremidade é chamado de raio (r), (PAIVA, 2010). A figura 30, ilustra a composição do círculo, a partir da estrutura do quadrado, que pode partir da marcação do ponto central ligado ao ponto das metades de cada face por um segmento de reta denominado raio. Outro modo de esboçar o círculo, é traçar uma reta em diagonal entre os vértices para encontrar o ponto central, na sequência marcar o meio de uma das faces para encontrar o raio e traçar a circunferência . As variações desta figura são denominadas elipses, conforme ilustrado na figura 30.
Retângulo de ouro, segundo a teoria de Euclides.
1.4 Figuras geométricas tridimensionais
A geometria espacial estuda as figuras no espaço, ou seja, aquelas que possuem mais de duas dimensões.
Figura 32 - Formas geométricas para o corpo humano
Fonte: Primária (2017)
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Figura 32v - Formas geométricas para o corpo humano
Fonte: Primária (2017)
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Modamática
Matemática e Geometria
aplicados ao design de moda
1. Introdução
1.1 Origem do termo Modamática
1.2 Elementos e princípios geométricos aplicados ao Design de Moda
1.2.1 Plano de coordenadas cartesianas nos softwares de modelagem
1.2.2 Instrumentos de medição
1.2.3 Moulage cartesiana, corpo humano e a matemática
1.2.4 Conceitos matemáticas e geométricos aplicados aos cânones estruturais de desenho
1.2.5 O estudo da proporção aplicado ao desenho e à modelagem
1.2.6 Proporções matemáticas e o cânone de desenho de moda
1.2.7 Proporções matemáticas aplicadas aos cânones para biótipos brasileiros
1.3 Figuras geométricas planas
1.3 Figuras geométricas tridimensionais
Exercícios e Referências
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
REFERÊNCIAS
BARICHELLO Leonardo. Recursos educacionais multimídia para a matemática do ensino médio: em equilíbrio. <http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1093>. Acessado em: 18 out. 2017.
BASSANEZI, Rodney Carlos. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2010.
BERG, Ana Laura M. Técnicas de modelagem feminina: construção de bases e volumes. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2017.
BELTRAME, Giampaolo. Il disegno del figurino di moda. Firenze-Itália, Editoriale Paradigma, 1998.
BOUERI, José Jorge. Sob medida: antropometria, projeto e modelagem. In: BADUY, Dorotéia. Design de moda: olhares diversos. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2008.
+MAIS REFERÊNCIAS